Destaques de P&D em 2019

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DOENÇA DO SONO

Desenvolvido pela DNDi e seus parceiros e incluído na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), o fexinidazol é o primeiro medicamento exclusivamente oral para a doença do sono e está sendo doado pela Sanofi à OMS para distribuição nos países onde o T.b. gambiense é endêmico. A DNDi dá apoio à farmacovigilância e ao treinamento para expandir o acesso a este novo tratamento enquanto prossegue com o desenvolvimento clínico do acoziborol, tratamento oral em dose única potencialmente revolucionário que pode vir a ser uma opção ainda melhor e ajudar na eliminação permanente da doença.

LEISHMANIOSE VISCERAL (LV)

Prosseguem as estratégias de curto prazo para o desenvolvimento de regimes de tratamento melhores com medicamentos existentes, com estudos de fase IIb/III na África para testar novos regimes para a LV e para a leishmaniose dérmica pós-calazar (PKDL), e um estudo de fase II no sul da Ásia para testar um novo regime para PKDL. Os resultados de estudos de fase III para HIV/LV na Etiópia e na Índia foram apresentados a autoridades nacionais e internacionais para embasar a revisão das diretrizes de tratamento para HIV/LV. Além disso, várias entidades químicas novas avançaram em estudos pré-clínicos e de fase I, marcando um progresso significativo rumo ao objetivo de longo prazo da DNDi de desenvolver uma nova geração de medicamentos orais para a LV.

LEISHMANIOSE CUTÂNEA (LC)

Os resultados preliminares de estudos de fase II na América Latina mostraram que a combinação de termoterapia com um regime mais curto de miltefosina oral foi significativamente melhor do que apenas a termoterapia no tratamento de LC não complicada nas Américas. Prossegue o planejamento para os primeiros estudos em humanos com o CpG-D35, um novo imunomodulador criado para estimular a resposta do sistema imunológico à infecção parasitária que causa a LC.

DOENÇA DE CHAGAS

Os resultados preliminares de um estudo de fase II que avalia novos regimes terapêuticos com benznidazol mostram que todos os braços do tratamento foram eficazes e tiveram um bom perfil de segurança. O tratamento de duas semanas usando somente benznidazol foi especialmente promissor. Com base nesses resultados, a DNDi está planejando um estudo de fase III confirmatório internacional multicêntrico.

FILARIOSES: CEGUEIRA DOS RIOS

Após a conclusão bem-sucedida do primeiro estudo em humanos de emodepsida com voluntários sadios, um estudo clínico de fase II está sendo preparado em duas unidades em Gana. Na República Democrática do Congo (RDC), as reformas nas unidades de capacitação e ensaio continuam avançando em preparação para um estudo de validação de conceito de fase II com TylAMac, que se mostrou seguro e bem tolerado nos estudos de fase I. E foram iniciados esforços de identificação de novos tratamentos contra vermes nematoides depois do lançamento da Plataforma de Erradicação de Helmintos (HELP), um novo consórcio multidisciplinar.

MICETOMA

No Sudão, o primeiro ensaio clínico duplo-cego randomizado para micetoma fúngico está em andamento e, até janeiro de 2020, contava com 101 pacientes inscritos. O objetivo principal do estudo é demonstrar a superioridade da nova entidade química fosravuconazol sobre o tratamento padrão atual, com itraconazol.

HIV

A Cipla, parceira farmacêutica da DNDi, submeteu o tratamento em combinação “4 em 1” de dose fixa para bebês à Food and Drug Administration (FDA, pela sigla em inglês) para aprovação preliminar. Este tratamento, de fácil administração com sabor de morango, não requer refrigeração e é um enorme avanço em comparação com o xarope atual, que é amargo e com alto teor de álcool. A Cipla cobrará pelo 4 em 1 menos de U$ 1 por dia para crianças que pesem menos de 14 kg.

HEPATITE C

Dando seguimento aos excelentes resultados da primeira etapa de um estudo de fase II/III que avalia a combinação de ravidasvir/sofosbuvir, uma segunda etapa do estudo na Malásia e na Tailândia está testando o tratamento em pacientes com os genótipos 1a, 1b, 2, 3 e 6 da hepatite C para determinar o perfil pangenotípico do ravidasvir. Os preparativos para apresentar o ravidasvir para registro na Autoridade Nacional de Regulação Farmacêutica na Malásia estão em andamento. Espera-se que a solicitação seja feita em meados de 2020.

Crédito fotográfico: Vinicius Berger-DNDi

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